Adormecido em minha concepção
Envolto pelo meu desencanto
Ainda posso ver as almas ainda perdidas
Desperto de minha agonia
Venho despido de voraçidade e encanto
As horas se vão e os dias se passam
atravessam a realidade
Percorrem os caminhos denso de dor
Sustentam-se de aparências
Ouvem a essência do orbe
Regressem ou aborvem o cálice amargo da dor
É como esperar a nudez
de um amanhecer cinzento
na esfinge de emoção sobre meu sepulcro
não basta abrir o coração
não é bastante não ver meus olhos
Para olhares os jardins frios e tristes
É preciso também não ter amor nenhum
Sem amor não há sentimentos: ha apenas ideias de desejo e luxuria
Há somente uma porta fechada e todo o mundo lá fora
e um sonho do que se poderia ver se a porta se abrisse
mas que nunca é o que se espera quando se abre a porta
Sinto vc morrer
Somos produto de um erro
Há tanta vida dor e mentiras lá fora
Transes da morte por fim nos esperam
Já não sabemos se a contraímos ou se ela a nós
Estou lhe esperando na porta o seu anjo salvador